Entrevista com Walderi: Ex-jogador da Caldense

Caros amigos, o entrevistado por Renan Muniz desta semana deixou saudades no coração dos torcedores da Veterana. Foi artilheiro, ídolo da galera. Incendiava os jogos. Explodiu quando surgiu, mas repentinamente sumiu. Estamos falando dele: Walderi Silva.

Como foi sua trajetória na Caldense?
Fui contratado para disputar o Módulo II de 2009 e ajudar o time a subir para a primeira divisão do Mineiro. Quando cheguei, a cobrança era muito grande. Os torcedores estavam divididos com o Vulcão, foi difícil. Enfrentamos muitos gramados ruins, sem condições de jogo, mas tivemos que superar tudo isso. Com a ajuda de Luiz Eduardo, Luisinho, Maradona, Maxsuel e companhia, conseguimos fazer uma grande campanha e retornar ao Módulo I. Tive uma passagem muito boa e ainda fui o artilheiro do time com oito gols. Quando o campeonato terminou, fui jogar no Paraná. Estava começando a ser titular, mas tive uma contusão séria no joelho. Ao final do ano, voltei pra Caldense. Me recuperei, fiz bons treinos, mas acabei machucando o outro joelho na semana da estreia e não pude ajudar os companheiros dentro de campo, mas sempre estive ali do lado incentivando.

Como era a rivalidade com o Vulcão?
Era muito bom. Na semana do clássico, treinávamos mais. A gente andava nas ruas e os torcedores pediam a vitória. Nunca perdemos um jogo para eles (risos).

Qual foi o seu gol inesquecível?
Sempre joguei pra frente, partindo pra cima dos zagueiros. Fazia gols tanto com os pés quanto de cabeça. Me lembro de um contra o Democrata de Sete Lagoas onde roubei a bola próximo ao meio campo, saí driblando dois ou três jogadores e fui levando. O goleiro saiu, eu dei um biquinho e corri pro abraço. Foi um golaço.

Como é sua vida hoje?
Moro em Poços com minha esposa, mas logo voltarei para minha terra natal, o Pará. Ficar longe da família é difícil. Trabalho em uma empresa da cidade, pois atualmente estou sem clube, mas jogo por uma equipe amadora em São João para manter a forma.

Você tem alguma história engraçada na Veterana?
Em 2010, íamos jogar num domingo. Na sexta eu dei uma saída e acabei passando do horário da viagem que era às 7 da manhã de sábado. O Maradona estava indo para o CT e me viu. Ele me deu carona até lá e o pessoal fez toda uma cobertura para que eu pudesse entrar no ônibus sem que o diretor visse meu estado. Sentei na poltrona, dormi e quando ver já havíamos chegado. O jogo começou e eu ainda fui o melhor em campo. Comigo era assim, antes das partidas, eu chegava no vestiário e perguntava “vocês querem gol ou show?”.

O que a Caldense significa pra você?
A Caldense é uma parte da minha carreira. É muito difícil vestir essa camisa, mas me identifiquei muito com ela. A torcida da Veterana é muito exigente, mas eu consegui corresponder às expectativas de todos. Gostaria de agradecer aos torcedores pelo carinho, tenho certeza que honrei esta camisa e que sempre serei lembrado. Fico feliz por fazer parte da história deste clube. Um abração a todos!




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