A trajetória de Antônio Bento Gonçalves na Caldense

Antônio Bento Gonçalves foi eleito presidente da Caldense para o biênio 2017/2018, será seu terceiro mandato. Toninho já dirigiu a Veterana em 81/84 e 2011/2012. Nesta entrevista ele conta tudo o que já fez e o que ainda pretende fazer pela Caldense. 
Renan Muniz e Antônio Bento Gonçalves durante a entrevista.
Como começou a sua relação com a Caldense?
A minha relação com a Caldense vem de um tio meu, Alfredo Santamaria, que foi presidente da Caldense entre 49 e 51. Depois me casei com a Dulce, que é filha do Sr. Augustinho e sobrinha do Ronaldo Junqueira, pessoas que sempre estiveram ligadas com a Veterana. E, em uma época em que a situação era adversa, me convidaram para ser presidente da Caldense e tenho certeza que fiz um bom trabalho.

Quais foram os principais feitos da sua gestão entre 81 e 84?
Toninho será presidente da Caldense
O Ronaldão havia sido inaugurado em 79 e o Cristino Osório não estava sendo utilizado desde então, por isso optei por desativar o campo e fazer o clube crescer. Fui muito criticado na época, mas hoje acredito que foi uma boa escolha. No local foram construídas quadras de tênis, quadras de peteca, campo society, quadra poliesportiva e parque infantil. Tivemos uma aceitação grande e os sócios começaram a frequentar mais o clube. Também foi feito a república dos jogadores e demos início ao ninho dos periquitos. Em relação ao futebol, a Caldense não tinha dinheiro para se sustentar. Eu tive que tirar dinheiro do meu próprio bolso durante quatro anos para manter a equipe e, até hoje, existe repercussão de um jogador que eu trouxe para poços, o Casagrande. Ele é um grande veículo de propaganda pra Veterana e para Poços.

Como foi seu retorno à presidência entre 2011 e 2012?
Neste mandato reativei a parte social com bailes e recreações, chamando o associado de volta para o clube. Consegui o licenciamento do corpo de bombeiros para realizar eventos no clube, criei o departamento de marketing e o departamento de fisioterapia.

Quais são as maiores dificuldades em se administrar a Caldense?
O clube possui cerca de 3000 sócios, sem contar os dependentes. A parte social não dá tanto trabalho, porém o futebol profissional é muito complicado. Podemos direcionar para o futebol até 20% do dinheiro arrecadado com a mensalidade dos sócios, está no estatuto, mas a cada ano que passa os jogadores ficam mais caros e as despesas aumentam. Não existe um suporte do poder público nem apoio de patrocinadores. Isso gera muitas dificuldades, mas espero que um dia o futebol seja autossuficiente.

O que o sócio pode esperar do seu próximo mandato?
Sempre fui uma pessoa cautelosa e primeiro prefiro verificar as condições do clube para depois ver as necessidades, fazer um planejamento e direcionar os investimentos. Neste momento de transição, preciso muito do Laércio, por isso, para o bem da Caldense, iremos administrar o clube juntos até o final do ano. A prioridade agora é o futebol, para não sermos surpreendidos lá na frente.

O que ainda precisa ser melhorado no clube?
A parte social. O sócio é o dono do clube e deve ser prestigiado. Haverá uma série de modificações na parte estrutural e diretiva. Vamos criar um conselho de administração formado por pessoas conhecedoras do clube para nos auxiliar nas decisões a serem tomadas. Faremos uma análise das necessidades do clube bem como as condições financeiras. Mas posso adiantar que o clube precisa de um novo campo society, uma reforma nas quadras de tênis, ampliação da quadra Augustinho Loyola Junqueira, expansão da sala de musculação e adaptação da quadra Luiz Sodré para se tornar um local de eventos.

Surgiram muitos boatos em relação ao futuro do futebol. Algo já está definido?
Com relação à permanência das pessoas do futebol como treinador, comissão técnica e dirigentes ainda não tem nada decidido. Faremos uma reunião para criarmos uma comissão de direção do departamento e em seguida daremos início às contratações.

Vocês montarão um elenco para brigar por semifinal no Mineiro e acesso no Brasileiro?
Tudo é dinheiro, às vezes você gasta muito e não alcança os objetivos e vice-versa. O futebol é uma caixinha de surpresas. Faremos as coisas por etapas. Primeiro temos de pensar em manter o clube na primeira divisão para depois sonharmos mais alto.

Qual seu maior sonho para com a Caldense?

Que o clube seja grande e que os sócios possam usufruir ao máximo da instituição. Que tenhamos sempre boas administrações e um futebol competitivo dentro dos limites financeiros.




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